O Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos, "ILITC" como é conhecido informalmente, é uma instituição civil de caráter assistencial e educacional, sem fins lucrativos, reconhecida oficialmente como de utilidade pública nas esferas: municipal, estadual e federal. Criada em 1965 por um grupo católico, ficou adormecida por cerca de 12 anos, sem atividades e contando com uma instalação mínima e singela o Jardim do Sol, em Londrina-Paraná.

Em 1977 uma Loja Maçônica (Loja Cavaleiros da Paz), de Londrina, através da liderança do seu membro CARLOS ROBERTO MIRANDA, resolveu assumir o projeto criado em 1965 e colocar em operação o Instituto, iniciando-se então a segunda fase do ILITC ou a sua recriação. Nascia então uma paixão, uma visão. Um profundo sentimento altruísta encheu o coração deste maravilhoso ser humano que dedicou a fio 35 anos de sua vida sem esperar remuneração, reconhecimento ou recompensa. Uma verdadeira obra de amor ao próximo e filantropia.

Um coração tão grande que não pôde se conter às apertadas e modestas instalações do então chamado ILITC. O Instituto precisava crescer junto com esta visão, do tamanho do coração, do tamanho desta alma generosa. Foi então que as obras começaram. Uma fundação sólida e futurista foi lançada. Algo para as gerações futuras. Algo que acompanhasse o crescimento de Londrina.

O aluno quando chega ao Instituto Roberto Miranda, traz consigo, normalmente, outras deficiências, conhecidas no meio da saúde como "deficiências associadas", em geral causadas por:

• Dificuldade de mobilidade (atrofia) e/ou locomoção (transporte), muitos destes casos por discriminação a que são submetidos face sua situação;
• Problemas psicológicos relacionados a condição física, sociocultural/econômica (autoestima);
• Problemas oriundos do seu nascimento (audição, fala, mental);

Portanto mais uma vez o Instituto cresceu para atender as necessidade relacionadas à saúde de seus alunos, ou seja, o que inicialmente demonstrou ser um tipo de "escola", ao longo do tempo foi demonstrando sua complexidade com relação à saúde, levando o Instituto a criar setores de Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Assistência Social, Fisioterapia e Hidroterapia (uma equipe multidisciplinar), para seus alunos, tornando-se um centro que vai muito além do atendimento escolar para a deficientes visuais, inicialmente previsto.

Hoje, o agora chamado Instituto Roberto Miranda (em homenagem póstuma ao seu fundador e idealizador),  está assentado em área própria de aproximadamente 2.400 m², em dois prédios, sendo um com 4 andares e outro com 2 andares.

O instituto construiu, há alguns anos, em anexo ao prédio de 2 andares, uma piscina térmica, coberta, com toda a infraestrutura necessária para prestar atendimento hidroterápico, dentro das exigências técnicas, para seus alunos e, agora também (após credenciado), para os pacientes encaminhados pelo SUS. Nesta atividade é utilizada a água para reabilitação de diversas patologias: ortopédicas, neurológicas e reumatológicas, com objetivo de alívio das dores, manutenção e aumento da força física e amplitude de movimento, manutenção e melhora do equilíbrio, propriocepção, coordenação motora e postura.